A boleio

11 dezembro 2006

Por aqui me'ando sin saber lo q'hago

Hello everyone out there!!
Que tal estades todos e todas? De alguns já sei algo, mas há outros que parecem estar desaparecidos (como eu mesmo, que havia mês e meio que não escrevia). Pois eu por aqui suponho que tenho bastante que contar, ainda que ao final, por culpa da preguiça que me caracteriza, farei esta misiva um bocado mais breve do que mês e meio mereceria. Bom, primeiro comecemos pelo terreo laboral, como ao melhor já lestes no meu fotologue, estou trabalhando para Xerox, uma companhia ianqui de fotocopiadoras e impresoras, um tanto fascistoide, tenho de dizer (e isso que levo um par de semanas). O curro é do que vem sendo um teleoperador de toda a vida, e trato com clientes do estado espanhol. A verdade é que tenho de reconhecer que é um bocado triste vir a Irlanda para falar em espanhol, mas é um curro bem pagado e todas essas merdas. O pior de todo possivelmente seja algo que...bom, não sei se deveria dizer (shame on me), trabalho baixo uma bandeira espanhola, Ó Meu Deus, Sacrilégio! De todos jeitos já ameacei com levar a minha respectiva bandeira, a ver se não me botam às primeiras de cámbio. A conha maior do curro este é que a semana passada distribuirom uma nota que saiu na prensa irlandesa de que ao melhor levam a fábrica à Índia ou a um país asiático destes nos que em vez de pagar-lhes 1600 e pico euros ao mês a um fulano (como é o meu caso), pagarão-lhe 100 euros e venha, a fazer benefícios à esgalha. Bom, pelo momento é um rumor de uma filtragem de alguém na empresa, mas pode ser que nuns meses tenha que começar a procurar um novo trabalho. Já veremos.
Além disso também estava trabalhando (ainda que desde este fim de semana, creio que já não vou voltar) no bar dum teatro, onde botavam alguns concertos muito interesantes. Aí mesmo presenciei uma homenagem a uns militantes pela Irlanda unida que morrerom numa folga de fome há 25 anos, momento no que tenho que reconhecer que me emocionei, porque meio me metim no tema da Irlanda ocupada. Muito interessante. Neste curro a verdade é que não estava nada mal, mas não podia ser que currasse toda a semanda pela manhã e depois chegassem algumas noites e tivesse que currar também, em fim, que também não é questão de passar-se.
No que a casa se refire, pois sigo no mesmo albergue ao que cheguei o primeiro dia. A algum parecera-lhe do mais lamentável que existe, mas considerando que a grande maioria da gente que está aqui está na mesma situação ca mim pois não me preocupa. Além de que estar aqui é como estar num campamento mas tendo que ir currar. O que se botava de menos era um pouco de acção "emocional" até que esta fim de semana se destapou a caixa de Pandora e a gente começou a fazer de todo (não levedes a palavra todo até o extremo máximo, que vos conheço), eu mantivem-me desde uma perspectiva externa observando o panorama anonadado "a la par que" curioso, isso todo sem deixar de regar o interior com uma boa pinta de Guinness. Em fim, a cousa é que me vai dar pena deixar o albergue, mas suponho que o necessito, já que temas como as duchas, a cozinha ou o mesmo quarto devem ser tratados doutra maneira. Agora mesmo estou no meu caminho para atopar um piso, que aguardo ter para princípios de ano, já se verá.
Do resto o de sempre, sair, emborrachar-me, essas cousas míticas. Para além já atopei os sítios claves aos que ir, ainda assim sigo procurando.
Outra das cousas das que me decatei aqui é que tenho mais futuro como professor do que pensava, e o pior de todo e que gosto do tema. A cousa é que, ainda que pareça que me estou chuleando (e é que o faço), sou o que mais controla de inglês dos espanhois/galegos/catalães falantes (e não digo bascos porque não me levo com nenhum, pelo momento). A história é que todo o mundo me pergunta cousas de inglês e, Eureka! eu sou capaz de responde-las como se acabasse de sair da faculdade (a de Compostela). Todos esses anos ebrio pelas ruas da capital figerom mais efecto em mim do que pensava. O caso é que ao melhor lhe dou aulas de inglês a um rapaz de Quiroga, e também lhe esteve a dar umas pequenas aulas do idioma colonial a uma rapariga húngara que está a estudar uma matéria de espanhol na universidade. Em fim, que eu que odiava o ensino estou-me a converter num grande professor. Em breve volto para Vigo a roubar-lhe o trabalho ao Áris, ou algo.
E falando de voltar, como algum suponho que já saberá, não vou voltar para a casa pelo natal. Já o sei, não choredes, sei que vai ser difícil, mas mais difícil vai ser para mim não catar o marisquinho e o cordeiro do dia 24 e o cozido do 25 (e escrevendo estas últimas palavras caem-se-me as bágoas). A cousa é que para poder ir teria que ir para ai o dia 22 e voltar o 25, o que fai a cousa absolutamente impossível. Em fim, a ver quando me deam férias já voltarei.
Buffff, e eu que pensei que ia escrever pouco e levo aqui um anaco mais que longo. Em fim, agora já sabedes que sigo vivo, que as cousas vão bem por aqui e que em breve, e se as cousas vão bem serei capaz de falar gaélico-irlandês para ir visitar ao Juan (algum dia).
Isso, que aguardo que todos e todas estejades bem e que quando queirades vir, que saibades que o meu albergue é o vosso albergue :-P
Beijos e apertas

1 Comentários:

  • Em 8:46 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Jooo, q pena q non volvas! Bueno, tentaremos afogar nun copo as bagoas q nos vaian caendo :( E sabes que, xa a estas alturas, a pena sintoa de verdade. Bicos pequeno!

     

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